Força-tarefa mobiliza mais de 30 policiais para investigar ataque ao assentamento do MST no interior de SP m2x3a

Assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, SP — Foto: Rauston Naves/TV Vanguarda 6c2d1u

O ataque completa uma semana nesta sexta-feira (17). Segundo o delegado responsável pelo caso, mais dois delegados e outros 10 investigadores reforçaram a equipe nos últimos dias. Um homem foi preso e quatro pessoas suspeitas de terem participado do ataque estão foragidas.

 

A Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar o ataque que deixou duas pessoas mortas e seis feridas em um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé, no interior de São Paulo. O crime completou uma semana nesta sexta-feira (17).

Segundo o delegado seccional de Taubaté, responsável pelo caso, Marcos Parra, nesta semana houve um reforço na equipe que está atuando na investigação, com a chegada de mais dois delegados e outros 10 investigadores.

Ao todo, a Polícia Civil está trabalhando com um total de três delegados e 30 investigadores no caso. Ele afirmou que a polícia atua com três frentes principais, sendo elas a motivação do crime, a identidade dos autores e a produção de provas.

Os motivos já foram definidos e quase todas as identidades também, segundo Parra, que afirmou que a polícia trabalha para localizar as pessoas envolvidas no ataque.

Até o momento, um homem suspeito de ter participado do ataque foi preso e outras quatro pessoas estão foragidas, sendo procuradas pela polícia – leia mais abaixo.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), o caso “é rigorosamente investigado pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté, com o apoio da Polícia Civil de Tremembé”.

Em nota, a pasta informou que os investigadores analisaram imagens de câmeras de segurança e identificaram os veículos que foram utilizados na ação criminosa, sendo que um deles foi localizado em um terreno baldio e apreendido.

Além do veículo, a SSP disse que a polícia já apreendeu projéteis e armas brancas, além de uma moto. A investigação, segundo a Secretaria, segue com a coleta de depoimentos e elaboração de laudos periciais.

O crime e suspeitos

O ataque aconteceu na noite da última sexta-feira (10), no assentamento Olga Benário, na Estrada Kanegae, em Tremembé. Na ocasião, o caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio.

Um dia depois, em entrevista coletiva, o delegado seccional informou que as evidências iniciais apontam para uma possível disputa por um lote no assentamento como a motivação do crime.

“Com o assentamento fechado que é, eles têm ali um entendimento de existir concordância para a issão de pessoas novas no local. Até onde a gente apurou, essa concordância não teria acontecido nessa comercialização do terreno”, contou o delegado.

“O homem e seu grupo estariam lá para, num primeiro momento, intimidar, mas, como não intimidou e aconteceu, na verdade, uma repulsa da presença deles lá, a gente tem o nascimento de um confronto envolvendo arma branca e arma de fogo e levou a gente para esse resultado trágico de várias mortes e várias pessoas lesionadas”, completou.

Em entrevista à TV Vanguarda nesta semana, o delegado diretor do Deinter-1, Dr. Múcio Mattos, disse que o ataque não teve nada relacionado contra o MST, mas, sim, a um lote específico no assentamento.

O que foi possível compreender até agora é que o litígio foi nesse lote específico. Não é contra o Movimento [Sem Terra], é contra esse lote. A disputa não é da gleba, é do lote que está desocupado.
— Múcio Mattos, diretor do Deinter-1 em São José dos Campos (SP)
Desde então, a Polícia Civil conseguiu identificar ao menos cinco suspeitos pelo crime. Um deles foi identificado como Antônio Martins dos Santos Filho, mais conhecido como “Nero do Piseiro”.

Segundo a Polícia Civil, Nero, que foi preso e ou por audiência de custódia, confessou que foi até o local, mas negou ter efetuado disparos contra as vítimas. Ele é suspeito de chefiar o ataque.

Outros quatro suspeitos também foram identificados pela polícia, mas estão foragidos da Justiça – as identidades deles não foram reveladas.

Gaeco na investigação

Na última segunda-feira (13), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) iria ajudar na investigação do ataque ao assentamento.

O Gaeco informou que o objetivo de atuar em conjunto na investigação com as outras forças de segurança, como a Polícia Civil e a Polícia Federal, “é somar esforços para que o Ministério Público de São Paulo ofereça à sociedade paulista pronta resposta a este episódio de violência”.

Perícia 3D

Um dia depois, na terça-feira (14), a Polícia Civil realizou uma nova perícia no assentamento Olga Benário. Segundo a polícia, a nova perícia conta com um equipamento scanner que faz análise 3D (em três dimensões) da área onde ocorreu o ataque.

O scanner é um equipamento de alta tecnologia e que permite captar imagens em 360°. Os aparelhos rastreiam a área de investigação e capturam imagens tridimensionais dos ambientes, de corpos, veículos e até de pequenos indícios, que podem ar despercebidos aos olhos dos peritos.

Visita ministerial

Ainda na última terça, agentes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania do Governo Federal iniciaram as visitas às famílias que moram no assentamento.

De acordo com o Ministério, o grupo que está conversando com os moradores é formado por advogados, psicólogos e assistentes sociais. O atendimento é feito de forma individual ou por núcleo familiar.

O objetivo das visitas é ouvir os moradores e traçar um plano de proteção para garantir segurança aos moradores e também que eles tenham o a serviços públicos essenciais.

Segundo os agentes, serão traçados planos de proteção individuais, de forma personalizada, e também um plano de proteção coletiva, para atender todos os moradores do assentamento.

O plano de proteção, segundo o Ministério, vai contemplar também atendimento psicológico, para cuidar da saúde mental dos moradores do assentamento diante do trauma vivido pela comunidade após o ataque.

Além do grupo de atendimento, um ouvidor da pasta de Direitos Humanos vai ficar à disposição dos assentados que queiram apresentar possíveis denúncias.

 

Fonte: Lucas Tavares, g1 Vale do Paraíba e Região e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/01/2025/15:56:57

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Fonte: Marquezan Araújo – Agência do Rádio e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/01/2025/15:26:17

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Justiça determina prisão temporária de suspeito de chefiar ataque a assentamento do MST no interior de SP 3hj6x

(Foto: Reprodução) – O assentamento é regularizado pelo Incra há cerca de 20 anos. Cerca de 45 famílias vivem lá, segundo o MST.

Homem foi reconhecido por testemunhas e polícia investiga se disputa por lotes motivou crime. Um segundo suspeito também teve prisão autorizada pela Justiça, ma segue foragido.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter preso Antônio Martins dos Santos Filho, de 41 anos, suspeito de chefiar o ataque ao assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, no interior de São Paulo.

Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas no ataque, ocorrido na noite de sexta-feira (10). Homens armados invadiram o assentamento, que é regularizado, e abriram fogo.

Antônio Martins, conhecido como “Nero do piseiro”, foi detido no sábado (11) após ser reconhecido por testemunhas. Ele ou por audiência de custódia na manhã deste domingo (12), e a Justiça decidiu mantê-lo preso por 30 dias.

O delegado Marcos Ricardo Parra disse que Nero é apontado como chefe do ataque. Segundo o delegado, ele foi reconhecido porque os homens que invasores não cobriram o rosto. Em depoimento, o suspeito confirmou ter ido ao local, mas negou ter atirado. O g1 não conseguiu falar com a defesa dele.

A polícia acredita que o crime foi motivado por divergências sobre lotes do assentamento. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito.

“A motivação foi um problema interno de pessoas do assentamento, sem nenhuma conotação com invasão ou proteção de terra. Foi uma cobrança de posição em relação à permissão de negociar o terreno ou não. A gente não conseguiu, até agora, entender se ele [Nero, o suspeito preso] era o adquirente ou se ele era o intermediário. Seja como for, ele estava lá para modificar o pensamento dos demais”, disse o delegado.

Segundo suspeito é procurado

A polícia procura outros envolvidos e já pediu a prisão de um segundo suspeito. Na tarde deste domingo, a Justiça de São Paulo autorizou a prisão temporária do homem, que segue foragido.

Foram apreendidas armas brancas e de fogo, além de um carro. Tudo ará por perícia, na tentativa de identificar digitais dos criminosos. A Polícia Militar informou que reforçou o policiamento na área.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, um terceiro homem ainda foi preso logo após o crime por equipes da Polícia Militar por porte ilegal de arma de fogo. No entanto, a ligação direta com o crime foi descartada, pois há indícios de que ele teria ido ao local para prestar socorro às vítimas.

Quem são as vítimas

De acordo com o boletim de ocorrência, os mortos são Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Os feridos são três homens e três mulheres.

O velório foi realizado neste domingo, com a presença dos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Social e Agrário) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e de lideranças do MST.

Governo federal

O Ministério do Desenvolvimento Agrário repudiou o crime e manifestou solidariedade aos assentados. O Ministério de Direitos Humanos informou que “está buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para as lideranças do assentamento”.

“O grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção”, afirmou a pasta, em nota.

 

Fonte: g1 Vale do Paraíba e Região e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 13/01/2025/15:28:08

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