OAB diz que agressões contra equipe da TV Liberal, em Belém, são ataques à democracia e liberdade de imprensa 2l1j47

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Homem se identifica como integrante da igreja antes de agressões sofridas por jornalistas. — Foto: Reprodução / TV Liberal

Profissionais foram alvos de ameaça e cárcere privado em igreja evangélica no sábado (17), durante gravação de reportagem sobre prejuízos após um temporal.

A Comissão de Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA) disse que as agressões contra uma equipe da TV Liberal, durante reportagem em Belém, foram um ataque à democracia e à liberdade de imprensa. O caso ocorreu porque a matéria que estava sendo produzida iria mostrar prejuízos que um temporal causou em no templo de uma igreja evangélica.

“Vejo como cárcere, como ameaça. Houve ali uma agressão visível e flagrante contra a liberdade de imprensa e ao exercício da profissão do jornalismo”, afirma Mauro Vaz, presidente da comissão.

Moradores do bairro Curió mostravam estragos provocados por um vendaval para a equipe de reportagem. Representantes da Defesa Civil estavam na área e disseram que uma igreja evangélica tinha sido destelhada.

Em seguida, uma pessoa, que se identificou como integrante da igreja, levou a repórter Nathália Kahwage e o repórter cinematográfico Wanderley Prestes até o local. Minutos depois, a equipe foi abordada por dois homens que agiram com grosseria. Um deles aparece dizendo que a equipe não deveria estar ali e mais homens se aproximaram.

A equipe tentou o diálogo, mas ouviram gritos e ameaças. Um dos homens disse que era presidente da igreja e o grupo trancou as portas, fechou cortinas e impediu a equipe de deixar a igreja.

A repórter questionou a atitude dos homens: “isso aqui é cárcere privado” e foi puxada pelo braço quando tentou sair do local. O grupo também tentou tirar a câmera do repórter cinematográfico. Wanderley foi empurrado e recebeu ameaças.

A equipe de jornalismo procurou a Polícia e registrou as agressões em boletim de ocorrência. A repórter reforçou que “ao tentar sair da igreja, foi segurada pelo braço e pelo ombro e que as pessoas começaram a tirar a câmera do repórter cinematográfico”.

Ela também disse que o homem que se identificou como pastor e presidente da igreja ou a “ameaçar, dizendo que se a matéria fosse ao ar ia matar o profissional”.

A Assembleia de Deus no Utinga enviou uma nota, nesta segunda, assinada por Joniel Abreu, advogado da igreja, dizendo que “a jornalista chegou à igreja dizendo que havia recebido autorização para entrar e mostrar o local destelhado” e que a “liderança da igreja não autorizou a entrada da equipe por questões de segurança”. A nota, no entanto, não explica porque integrantes da igreja aram a ameaçar, agredir e a impedir que a equipe deixasse o local.

Ainda segundo a nota, a instituição afirma que “não comunga com qualquer tipo de violência” e que “respeita as atividades laborais de cada profissional, incluindo a atividade jornalística, de grande relevância ao estado democrático para o o às informações”.

Apesar das imagens feitas por Wanderley Prestes terem registrado as agressões, as lideranças da igreja negam ter havido agressão, mas pedem desculpas.

Em nota publicada nas redes sociais, o Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudiou as agressões sofridas pela equipe de jornalismo e reformou que os dois “foram vítimas de gravíssima violação do direito de ir e vir, do livre exercício da profissão e liberdade de imprensa”. O sindicato também solicitou providências às autoridades competentes para punir os responsáveis pela violência.

O departamento jurídico da TV Liberal está acompanhando a apuração do caso e tomando as medidas judiciais cabíveis para defender a liberdade constitucional de imprensa.

Por: G1 PA — Belém

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